domingo, 23 de novembro de 2025

🎶 “Igreja Velha de Bucos – Cantiga de São João Batista”

🎶 “Igreja Velha de Bucos – Cantiga de São João Batista” I Nasceu a igreja em Bucos, no sopé da serra fria, Duma capela antiga, guardiã da aldeia um dia. Era da Casa Sanoane, de granito bem firmado, Onde o povo se reunia, com o coração apertado. Refrão Ó Igreja de Bucos, tua luz nunca se gasta, Soa o sino na montanha, chama o povo, chama a graça. Entre pedra e madeira, cresce a fé que nunca passa, São João é teu padroeiro, teu guardião na madrugada. II Quando Bucos pertencia a São Nicolau lá distante, Vinha o pároco rezar missa no silêncio palpitante. Na capela de Sanoane, ecoava a devoção, E a aldeia inteira subia, quase sempre em procissão. Refrão Ó Igreja de Bucos, tua luz nunca se gasta… III Foi no ano setecentos e setenta e cinco, dizem, Que a capela cresceu mais, para os fiéis que ali vinham. Fez-se então a grande igreja, de São João Batista, Com quatro altares laterais e o altar-mor que ainda brilha. IV O chão velho de granito, frio, firme, ancestral, Abraça o novo acrescento, feito em madeira real. E a abóbada redonda, toda pintada à mão, Mostra João Batista ao centro, entre dourados de oração. Refrão Ó Igreja de Bucos, tua luz nunca se gasta… V Pelas escadas exteriores, lá se sobe devagar, Ao coro feito em madeira, onde a voz aprende a voar. E no púlpito central, ecoa a palavra antiga, Que o mestre da aldeia lia como se fosse cantiga. Final Assim cresce esta memória, no coração dos montes, Entre romarias e sinos, entre rezas e horizontes. Igreja de São João, guardas a alma do povo, És legado de Bucos velho, és promessa de amanhã novo.

Sem comentários:

Enviar um comentário